No mundo das vendas digitais, é possível ter vantagem quando a quantidade de produtos em estoque é suficiente e quando a entrega de uma mercadoria é marcada pela agilidade.
Para contornar algumas etapas do processo de importação, empresários passaram a adotar a estratégia do dropshipping com a finalidade de trazer maior velocidade para as suas demandas.
De forma simplificada, o dropshipping é o método de vendas no qual o empreendedor não trabalha com um estoque de produtos próprio: a mercadoria é enviada do fornecedor direto ao cliente.
Neste artigo você descobrirá porque essa prática pode trazer riscos consideráveis ao seu processo de venda.
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Desvantagens e riscos do dropshipping
No modelo de dropshipping, o controle dos produtos é feito pelo fornecedor estrangeiro, já que o comerciante brasileiro acaba atuando como uma espécie de mediador.
E se o comércio direto não depende tanto do empreendedor nacional, é preciso levar em conta os novos riscos que irão surgir na entrega de uma mercadoria ao cliente final.
É por isso que o vendedor precisa ter maior cautela durante o processo. O resultado negativo no serviço logístico pode impactar no desfecho de uma venda.
Problemas relacionados ao cuidado com o produto e à qualidade do serviço de frete também afetam a experiência do consumidor, comprometendo o nível de satisfação final.
Ainda que o vendedor atue como um mediador na venda, é ele quem deve atuar no gerenciamento de problemas ou nos atrasos de entrega da mercadoria.
A redução na margem de lucro também pode inviabilizar a prática do dropshipping, já que o custo do frete internacional pode passar de 15% para 45%.
Os resultados financeiros dependem, ainda, das práticas que podem ser adotadas pelos concorrentes diretos, desde a competição de preços até as diferenças nos prazos de entrega.
Sem ter o controle total sobre fornecimento e frete, o empreendedor terá que encarar obstáculos relacionados às características físicas do produto, como diferenças nas cores, tamanhos e modelos.
A fidelização dos consumidores também se torna um problema na prática do dropshipping, já que o distanciamento entre empresa e cliente dificulta a aproximação pelo trabalho de branding.
Margem de Lucro no Dropshipping
No dropshipping, o maior risco para a margem de lucro de uma empresa está na logística reversa da compra – quando é preciso trabalhar com a devolução. Siga essa lógica:
Você vende produtos de utensílios domésticos importados da China em seu perfil no e-commerce. Tanto a fabricação quanto o envio são responsabilidades do seu fornecedor.
No meio processo, a mercadoria chega com problema e seu cliente pede a devolução. Como prosseguir? Quem vai arcar com os custos?
Levando em conta a complexidade de enviar uma mercadoria à China, a solução mais viável é reembolsar o valor que foi pago pelo cliente, incluindo, até mesmo, os valores do frete internacional.
Nesse contexto, a probabilidade de um único reembolso engolir a margem de lucro dos outros é alta.
Afinal: dropshipping é crime?
Embora as etapas pareçam simples, o empreendedor deve respeitar uma série de legislações para não ter que enfrentar problemas legais, principalmente em relação ao Código de Defesa do Consumidor.
Detalhes como emissão de nota fiscal, disponibilidade real do produto, autenticidade e respeito a prazos e reembolsos devem ser as prioridades do vendedor que não deseja enfrentar problemas com a Receita.
Se processos legislativos e regras fiscais não forem cumpridos pelo “intermediador”, a prática poderá até desencadear casos de ação fraudulenta ou de propaganda enganosa.
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